Bruxelas Point Views

A magnífica Grand Place de Bruxelas é um dos conjuntos urbanos mais inesquecíveis do mundo. Estranhamente escondida numa praça de paralelepípedo, quase que fechada, só é revelada quando você entra a pé através de um dos seis becos laterais, sendo a Rue des Harengs o melhor acesso.

Toda a volta da praça é cercada por lindas construções, sendo o Hotel de Ville (prefeitura) bastante fotografado. Ele foi construído na primeira metade do século XV e foi umas das construções que “sobreviveu” ao bombardeio dos franceses em 1965, possui uma torre imponente e no cimo dela – à uma altura de 96 metros – está a estátua de São Miguel, patrono da cidade.

De frente para ele está a Maison du Roi, atualmente abriga o Musée de la Ville, onde estão as roupinhas do Manneken Pis e também pinturas e tapeçarias do século 16, que contam a história da cidade. Ele é decorado com 294 estátuas do século XIX. Seu estilo gótico, também, chama a atenção de quem visita a praça.

 

 

À esquerda do Hotel de Ville estão, da direita para a esquerda, Le Roi d’Espagne (da guilda dos padeiros), La Brouette, Le Sac (da guilda dos marceneiros), La Louve (dos arqueiros), Le Cornet (dos balseiros) e Le Renard (dos camiseiros).

 

 

A Grand Place assume diferentes auras em diferentes momentos. Tente visitar mais de uma vez, e não perca de vê-la à noite quando a cena é magicamente iluminada. Nas manhãs de segundas, quartas e sextas-feiras há um mercado de flores, e tantas outras feiras comemorativas durante o ano. E claro: o extraordinário ‘tapete de flores’ bienal.

 

Quando falamos de Bruxelas, a primeira lembrança é a da estátua do menininho fazendo xixi. O famoso Manneken Pis. Mas, a inspiração para essa arte continua desconhecida, e o mistério levou à criação de rumores e fantasias, aumentando o encanto por este menininho.

Uma das versões conta que, no final do século XII, o filho de um duque foi encontrado urinando em uma árvore no meio de uma batalha e foi por isso celebrizado numa estátua de bronze como símbolo da coragem militar do país.

Uma outra vertente diz ser em homenagem ao Duque Godfrey III de Leuven, de 2 anos de idade. Em uma batalha contra as tropas de Berthouts, a tropa colocou o pequeno lorde numa cesta pendurada em uma árvore para encorajar a tropa. Nisso o pequeno menino urinou nas tropas inimigas que vieram por perder a batalha.

Ainda existe a de que um mercador perdeu seu filho nos arredores da cidade, e prometeu que faria uma estátua do que estivesse o menino fazendo no momento em que fosse achado e ao acionar várias pessoas na busca, o encontraram fazendo xixi em um pequeno jardim.

De todas as histórias contadas a mais aceita para o símbolo da cidade é a de que um menino chamado Julianske teria apagado um início de incêndio com seu xixi, evitando que explosivos destruíssem a cidade e por isso recebeu a homenagem.

Fato é que a cidade por não ser muito grande, da pra ser visitada, em sua maior parte, a pé. Pois, tem muita beleza e história em igrejas, edificações e praças. A cidade leva a cultura muito a sério, então não se espante com a quantidade de esculturas e pinturas nos prédios, que irá encontrar no caminho. Bruxelas tem até uma trilha chamada Comic Strip Trail, onde foram pintados murais de diversos personagens, sendo os do Tintim os mais procurados.

A grande e gótica igreja de Notre Dame du Sablon começou como uma capela em 1304 da guilda dos arquitetos. Um século mais tarde teve que ser ampliada por conta de peregrinos que foram atraídos pelo suposto poder de cura de sua estátua de Madonna.

Na mesma região está a Place du Petit Sablon um jardim encantador rodeado por 48 estatuetas de bronze representando as guildas medievais. Em pé sobre um chafariz, estão os Condes Egmont e Hoorn, líderes populares da cidade que foram decapitados na Grand Place em 1568 por desafiar o domínio espanhol.

Aqui contamos um pouco mais dos pontos de visitação nos arredores de Bruxelas.

Gostou das dicas? Compartilhe com os amigos